A chamada tarifa branca será oferecida para todos os consumidores de energia elétrica do país a partir do dia primeiro de janeiro de 2020. Atualmente, tem direito a optar pela tarifa branca apenas quem tem um consumo médio anual superior a 250 Kwh por mês. Até outubro, mais de 32 mil consumidores mudaram para a tarifa branca, sendo 25 mil residências.
A nova modalidade de tarifa é oferecida para estabelecimentos de baixa tensão, como residências e pequenas indústrias ou comércios. Ao contrário da tarifa convencional, a branca permite uma redução no valor da conta para quem transferir o consumo para os horários de menor uso de energia elétrica.
O gerente da CAS Tecnologia, empresa que presta serviço para concessionárias de energia, Otávio Brasil, explica que este modelo de tarifa é aplicado em outros países e traz benefícios tanto para o consumidor quanto para as empresas.
Segundo a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, os horários de pico são definidos pela média dos consumos em cada distribuidora. As pessoas podem consultar os horários de pico da região em que moram na página da Aneel na internet.
Em média, os horários de pico vão das 6h da tarde às 9h da noite, mas esses horários podem mudar de acordo com o estado. A Aneel alerta que a tarifa não é oferecida para os consumidores classificados como de baixa renda e outros beneficiários de descontos previstos em lei.
Além disso, a tarifa branca só vale a pena, segundo a agência, se a família ou a empresa conseguir transferir o consumo para fora dos horários de pico. Caso contrário, o valor do serviço pode, inclusive, aumentar, como explicou o superintendente de gestão tarifária da Aneel, Davi Antunes.
Uma vez alterado da tarifa convencional para a branca, o consumidor pode retornar para a convencional caso não tenha percebido uma redução nos preços. As distribuidoras terão 30 dias para reverter a mudança.