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Ex-presidente da Bolívia chega ao México ainda hoje
É Noticia
Publicado em 12/11/2019

Publicado em 12/11/2019 - 10:15

 

Por Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil  Montevidéu

 

 

 

O avião da Força Aérea Mexicana, que leva o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegará na manhã de hoje (12) na Cidade do México. Morales renunciou no último domingo, após pressão das Forças Armadas e policiais. Ele aceitou asilo político no México e afirmou no Twitter que voltará "com mais força e energia".

De acordo com a imprensa mexicana, o voo de Evo, que fez uma primeira escala em Assunção, no Paraguai, para abastecimento, decolou rumo ao México por volta das 2h da manhã. Estima-se que a viagem dure entre 7 e 8 horas.

Presidente Evo Morales fala durante conferência REUTERS/David Mercado/Direitos reservados
Evo Morales deixou a Bolívia e pediu asilo ao governo do México   (Arquivo/ Reuters/David Mercado/Direitos Reservados)

"Irmãs e irmãos, parto para o México agradecido pelo apoio do governo deste povo irmão que nos deu asilo para cuidar de nossas vidas. Dói sair do país por razões políticas, mas sempre estarei pendente. Em breve, voltarei com mais força e energia", afirmou Morales, antes de embarcar na aeronave que o leva até o México.

O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, informou ontem, em um comunicado, que o asilo foi concedido a Evo Morales por razões humanitárias e em virtude da situação de violência que vive a Bolívia, onde sua vida e integridade estariam em risco. "Há alguns instantes recebi um telefonema do presidente Evo Morales, no qual ele aceitou o nosso convite e solicitou formalmente asilo político", afirmou Ebrard.

Ebrard explicou que a vida do ex-presidente boliviano corre perigo e que a Organização das Nações Unidas (ONU) será comunicada para que proporcione a devida proteção internacional.

"A concessão de asilo é um direito soberano do Estado mexicano, de acordo com seus princípios normativos em política externa para a proteção dos direitos humanos, o respeito à autodeterminação dos povos e à resolução pacífica de controvérsias e a não intervenção", diz o comunicado do governo mexicano.

 

Edição: Kleber Sampaio
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