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Moradores cobram soluções após cabeceira de ponte ceder no Assentamento Campo Grande município de João Pinheiro
É Noticia
Publicado em 22/01/2025

A comunidade do Assentamento Campo Grande, distante da cidade de João Pinheiro, enfrenta graves dificuldades após a cabeceira da ponte sobre o Rio Verde ceder, impossibilitando o tráfego pelo local. O problema, que persiste há 17 dias, tem obrigado os moradores a utilizarem um desvio por dentro de uma propriedade rural pertencente a um morador conhecido como Vicentão, aumentando consideravelmente a distância e o tempo de deslocamento até a cidade.

A estrutura foi comprometida após a cabeceira da ponte desmoronar em 5 de janeiro, durante as fortes chuvas que atingiram o município. Desde então, a ausência de uma solução definitiva tem gerado crescente insatisfação entre os moradores. A revolta foi intensificada pela divulgação de um áudio do prefeito Gláucon Cardoso. No áudio, o prefeito afirma:

"Ô Maísa, tudo bem? Olha, até falei com o secretário de obras, pra poder fazê-la bem feita, tinha que comprar cimento e ferragem. Tem que licitar isso aí. Eu queria ver se alguém poderia pegar alguma tora e fazer uns pranchões pra encabeçar na ponte lá, sabe? E a gente levar a máquina e encher de terra lá e compactar, sabe? Porque se for esperar chegar cimento e concreto, isso pode demorar até dois meses, e nós não queremos isso. Você acha que alguém ainda poderia fazer uma doação pra gente, pegar uma tora lá no meio do pasto, que já caiu uma árvore seca? E fazer os pranchões grossos pra encabeçar e a gente colocar a terra e ela não descer pra dentro do córrego? Me fala aí depois, por favor, Maísa."

Após o áudio, moradores expressaram indignação:

"Que podia ter mandado menos vereador, né? Juntar os vereador e ir pra lá arrumar, juntar o povo que trabalha na prefeitura lá e pra lá cortar esses pranchão, pedir os fazendeiros lá pra tirar uns pranchão na roça deles lá. Aí não, manda é a população."

 

Mais moradores se manifestaram pedindo uma solução definitiva:

"Não, prefeito, para de gambiarra. Vai fazer um trem, faz um trem direito. Colocar pau e areia lá, não adianta na hora que chover de novo, vai embora de novo. Vai dar, faz um trem direitinho, faz uma dispensa de licitação. Você pega o cimento, você pega o cascalho e faz uma coisa bonitinha, pronto. Só fazer uma dispensa de licitação. Cinco dias, viu? Pode fazer que dá certo."

"Sem contar com a quantidade de idosos que moram no Campo Grande, né? Quinze dias depois, a solução é o champrão de madeira."

O conteúdo gerou ampla repercussão, com moradores indignados pela sugestão.

 

Nossa equipe realizou uma pesquisa com empreiteiras, que estimaram que um serviço desse tipo custaria entre R$15 mil e R$20 mil. Esse valor poderia ser pago por meio de compra direta ou dispensa de licitação para uso emergencial, acelerando a resolução do problema.


Em situações emergenciais como essa, a Lei 14.133/2021 permite a dispensa de licitação para soluções urgentes, desde que as contratações sejam transparentes e concluídas em até um ano. Esse respaldo legal permite à prefeitura agir com celeridade, sem aguardar os trâmites burocráticos de uma licitação convencional.

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