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Governo quer ampliar tecnologia na agricultura com incentivos fiscais
É Noticia
Publicado em 16/12/2020

O futuro da agricultura no Brasil está relacionado diretamente com os investimentos em tecnologia para tornar pequenos agricultores mais competitivos no mercado interno, enquanto deixa os grandes mais efetivos para disputar mercados fora do Brasil. E uma prova de que o Governo Federal está interessado nessa atuação e modernização de tecnologias, é a liberação de recursos no valor de R$409 milhões de reais para o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

Criado no ano de 2000, o Funttel tem objetivo de estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital. E agora, em 2020, o Funttel completou 20 anos com um aumento de 390% em relação à média anual entre 2001 e 2018.

De acordo com o Ministério das Comunicações, o valor de R$ 409 milhões de reais representa o maior repasse de recursos desde a criação do fundo, com investimentos que devem permitir o desenvolvimento e a ampliação da utilização de tecnologias de Internet em sistemas agrícolas, de transporte, saúde, segurança e soluções para a internet 5G.



Para o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o aumento de recursos no Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) é um investimento que será responsável pela geração de empregos diretos e indiretos, além de fortalecer a internet em todas as áreas do País – uma vez que ela se mostrou um dos serviços essenciais para a população.

“Estamos próximos de fazer com que o agronegócio tenha conectividade rural. Aí ninguém segura o Brasil! Também temos um satélite que já recebeu duzentos milhões, via Funttel, e mostra a transversalidade do Ministério das Comunicações junto aos outros ministérios. E durante a pandemia, quem diria que estaríamos falando de internet como serviços essenciais. Com a pandemia percebemos que a internet é um serviço essencial”, destacou o ministro.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (ABRINTEL), Luciano Stutz, a agricultura 4.0 é uma oportunidade do Brasil se consolidar além da liderança da produção de alimentos, mas também na qualidade desses produtos e na vanguarda da tecnologia usada no campo tanto em favor da produção quanto dos produtores rurais.

“Atualmente a mecanização do agronegócio brasileiro é uma realidade, no entanto, essa mecanização não está conectada e é preciso fazer a conexão dessas máquinas que estão no campo. Isso vai servir para o aumento da produtividade e vai ajudar a levar essa conectividade também aos pequenos produtores e ao entorno desses grandes empreendimentos do agronegócio brasileiro. A iniciativa de liberar recursos do Funttel para projetos de conectividade do campo é louvável e muito interessante para o nosso futuro, pois interessa a uma demanda que já está consolidada no cenário econômico e que representa uma grande parcela do PIB brasileiro”, afirmou Stutz.

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De acordo com o governo federal, os recursos vão financiar 17 projetos, em um prazo de 36 meses, a partir de operações de crédito viabilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. De acordo com o consultor de tecnologia, Luís Felipe Taveira, esse tipo de investimento pode gerar mais economia e facilidades para o setor da agricultura no Brasil.

“Das tecnologias que os pequenos e grandes produtores terão acesso por meio dessa linha de crédito, vai permitir que eles criem infraestruturas de redes 5G dentro de sua própria terra, comunicação entre os equipamentos para reduzir o desperdício de insumos, melhor controle de pragas, controle de produtividade. Tudo isso com a utilização de drones, equipamentos para previsão climática e diversos sensores espalhados pelo campo. Todas essas tecnologias, hoje em dia, são chamadas pelo mercado de Agricultura 4.0”, destacou o consultor.



Fonte: Brasil 61

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