Com a presença de autoridades, evento rememora trajetória do Estado e inaugura o Circuito Luzes da Liberdade
A celebração dos 300 anos de Minas Gerais se torna ainda mais especial e ganha contornos de encantamento com a inauguração do Festival Luzes da Liberdade, na noite desta quarta-feira (2/12), em cerimônia no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Com a participação do governador do Estado, Romeu Zema, do vice-governador, Paulo Brant, do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e do Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o evento destacou o legado de tradição e liberdade de Minas.
Apresentações musicais também integraram a programação. O Hino Nacional foi interpretado pelo Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, um dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado (FCS), que também executou um medley de obras de Milton Nascimento. O maestro Marcus Viana e o instrumentista Maurício Tizumba se uniram em uma apresentação cadenciada e vibrante.
“O elemento fundante que entendemos como cultura, que aqui se estrutura hoje em patrimônio cultural da humanidade, se forma também com vários outros aspectos. Nós, mineiros, possuímos uma forma peculiar de existir e coexistir no mundo: a mineiridade, cujas características foram descritas de forma majestosa por Guimarães Rosa em sua obra. Essa mineiridade está presente na cozinha, arte, história, nas cidades, em nossa forma de ver e de se portar diante do mundo”, destacou Leônidas Oliveira, ao falar sobre o legado de 300 anos de história do Estado, completados no dia 2 de dezembro.
O vice-governador Paulo Brant reforçou a questão da inovação presente no Estado e da abertura de Minas para o mundo. “Aqui, o futuro abraça o passado. Falar de Minas Gerais é falar de respeito às nossas tradições, mas com liberdade plena e profunda para nós e pra todos, o que se desdobra na busca por justiça social e no respeito às diferenças, com um olhar para o futuro”, declarou.
As iniciativas adotadas pelo Ministério do Turismo durante a pandemia para auxiliar Minas Gerais foram enfatizadas pelo ministro Marcelo Álvaro Antônio. “Destinamos R$ 390 milhões, via Fungetur, por meio do BDMG, para que empresários do turismo pudessem garantir sobrevivência das empresas nesse período tão difícil de paralisação das atividades; por meio da Lei Aldir Blanc, o governo federal enviou R$ 160 milhões para municípios mineiros e R$ 135 milhões para o Estado; e foram destinados, ainda, R$ 3 milhões ao programa Minas para Minas, com o objetivo de impulsionar o turismo regional durante as atividades de retomada”, pontuou.
Em referência à pandemia de Covid-19, o governador Romeu Zema ressaltou que a vida traz obstáculos e que devemos nos concentrar em exemplos de superação. “Vivemos um ano totalmente atípico, em que a pandemia nos obriga a rever valores. Minas alcança 300 anos de história nesse contexto, em que provamos que somos um povo guerreiro, que enfrenta os desafios com fé, coragem e esperança”.
Festival Luzes da Liberdade
Ao final da cerimônia foi inaugurado o video mapping na fachada do Palácio da Liberdade, com a presença de jornalistas e autoridades. A intervenção artística integra o projeto Luzes da Liberdade, conjunto de projeções e recursos de iluminação em prédios da capital mineira, criado dentro das celebrações natalinas e dos 300 anos do Estado.
Elaborado com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o festival tem parceria com o CDL-BH e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
Entre as atrações, haverá show de luzes e lasers e apresentações de artistas mineiros, que serão realizadas até 6 de janeiro de 2021, abrangendo equipamentos culturais do Circuito Liberdade. Também ocorrem transmissões ao vivo pelas plataformas digitais do projeto, gratuitamente.
Os artistas que conceberam os vídeos projetados nos edifícios, os irmãos Ricardo e Rafael Cançado, contam que o mapping é um recurso capaz de trazer uma linguagem muito potente, trabalhando a iconografia visual em diálogo com outras narrativas, como a do cinema. “Este é fruto de trabalho coletivo, em uma equipe de roteiristas, animadores gráficos e outros profissionais, alinhando aspectos técnicos e artísticos, onde nos reinventamos o tempo todo. A Ideia é proporcionar encanto em nova perspectiva, com projeções diferentes que dialogam com o local onde são exibidas”, explicou.
Imagem: Pedro Gontijo /Imprensa MG