[Na foto, o marco zero em Macapá, que sinaliza a passagem exata da Linha do Equador.]
[Sonora de moradores de Macapá]
Esses relatos são de quem está vivendo uma situação caótica em Macapá, no Amapá, há quase 3 dias, com falta de luz, água e até gasolina.
A capital vive o caos após a explosão do transformador da subestação de Macapá, único que conecta o estado ao sistema nacional de energia elétrica.
Pelas ruas da cidade, filas de pessoas se multiplicam para tentar comprar água e gelo. Nos bancos, muita gente tenta, sem sucesso, sacar dinheiro, mas os caixas eletrônicos não funcionam ou não têm dinheiro para saque.
Carros formam quilômetros de engarrafamento nos postos, que, no meio de todos os problemas, resolveram aumentar o preço dos combustíveis.
Márcio Bragança é dono de um dos hotéis que estão conseguindo funcionar por meio de gerador de energia. Todos os quartos estão lotados, e o medo é que o gerador não aguente por muito tempo.
O único frigorífico que abastece a capital também está sem energia e deve faltar carne nos próximos dias. Nos mercados, os alimentos que necessitam de refrigeração estão estragando e poucos locais ainda vendem água mineral.
Nessa quinta-feira (5), o prefeito de Macapá Clécio Luís, decretou estado de calamidade e tem se reunido com o comitê de crise na capital. Outro decreto da prefeitura permite o funcionamento dos postos de combustíveis por 24 horas, pra tentar diminuir as filas.
Para ajudar a população, cinco escolas municipais estão disponibilizando a rede de água.
Há uma expectativa de que ainda nesta sexta-feira a energia seja reestabelecida em até 70% da sua carga total, de 250 megawatts, após a reparação de um dos transformadores.
O apagão atinge 13 dos 16 municípios do estado. Apenas Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari não foram afetados porque possuem sistemas próprios de distribuição.