Publicado em 26/12/2019 - 10:35
Por Guilherme Neto - Apresentador do quadro Fliperama no programa Stadium. A coluna é publicada pela Agência Brasil às quintas-feiras Rio de Janeiro
Há meses, alguns detalhes sobre o próximo Xbox surgiram por meio de boatos, vazamentos e até mesmo em posicionamentos oficiais da Microsoft. Mas foi só agora, em dezembro, que finalmente conhecemos a cara e o nome do novo videogame da fabricante.
O Xbox Series X foi apresentado há duas semanas, durante a cerimônia do The Game Awards, considerado o Oscar dos videogames. O evento, que premiou Sekiro como o melhor game de 2019, costuma chamar mais atenção pelos anúncios de novos jogos do que pelos prêmios, e não foi diferente dessa vez.
Com lançamento previsto para o fim do ano que vem, a próxima geração do Xbox traz um design inovador: foi deixado de lado o formato que lembra tecnologias ultrapassadas (reprodutores de VHS, DVD e Bluray) e, em seu lugar, foi criado algo mais parecido com uma torre de computador, ou com essas caixas de som inteligentes comandadas por voz.
O tamanho gigante do aparelho rendeu críticas e memes pela internet, mas ele ainda é considerado bem pequeno se comparado a computadores configurados para rodar games mais recentes na potência máxima. A Microsoft prevê que o aparelho vai rivalizar com os desktops mais poderosos disponíveis hoje no mercado: o Xbox Series X contará com um processador gráfico de 12 teraflops, o dobro do Xbox One X, videogame mais poderoso do mercado disponível atualmente. O novo videogame virá com suporte à tecnologia Ray Tracing, capaz de gerar imagens ainda mais realistas. Esta tecnologia que vem se tornando padrão na indústria. A Microsoft promete ainda jogos com resolução 8K, e ainda planeja dar fim às telas de carregamento, graças à memória RAM GDDR6 e ao uso de discos rígidos SSD. Para completar, a fabricante garantiu ‘retrocompatibilidade’: qualquer game passível de ser rodado hoje no Xbox One, incluindo títulos do Xbox 360 ou do primeiro Xbox, também vai funcionar na próxima geração.
Todo esse papo técnico não importa muito para o consumidor se não houver bons jogos . Ainda está cedo para prever quais títulos vão estar disponíveis no lançamento. A expectativa é que só sejam revelados em junho, durante a feira E3, em Los Angeles (Estados Unidos), mas já há a confirmação de um novo game: o Hellblade 2. O jogo é uma continuação do sucesso indie da desenvolvedora Ninja Theory, adquirida pela Microsoft no ano passado. O primeiro game, Hellblade: Senua's Sacrifice, é um jogo de aventura e mistério estrelado por uma guerreira celta, que sofre de psicose, traumatizada pela perda de seu amado. O jogo foi lançado em 2017, exclusivamente para computadores e PlayStation 4, e mais tarde saiu também para o Xbox One.
A Microsoft vai precisar de muito mais se quiser atrair o público gamer. Dona do videogame mais poderoso atualmente no mercado, o Xbox One X, a empresa ainda corre atrás do PlayStation 4 e também do Nintendo Switch. Este último conta com configurações mais modestas entre os três, e ainda assim lidera os rankings de vendas pelo mundo, graças à proposta híbrida console/portátil e, principalmente, a títulos que são sucessos de crítica e público (The Legend of Zelda: Breath of The Wild e Super Mario Odyssey).
A Sony deve revelar o PlayStation 5 nos próximos meses, com um provável lançamento também no fim de 2020. Os primeiros atributos do novo console foram revelados em algumas entrevistas para a imprensa especializada. Já sabemos que, assim como o Xbox Series X, o PS5 virá com disco rígido SSD, terá suporte à Ray Tracing e também resolução 8K. Boatos ainda apontam ‘retrocompatibilidade’ com várias gerações de PlayStation, detalhe que ainda não foi confirmado.
Fica a dúvida de quando tudo isso chegará de fato ao Brasil, e quanto vai custar. Tradicionalmente novos videogames costumam ser lançados por aqui com algumas semanas ou até meses de atraso, embora ultimamente esses intervalos tenham sido cada vez menores.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues