Meio-campista disse que está bem fisicamente e que com o passar dos anos aprendeu a se cuidar também fora do ambiente do futebol
Foram pouco mais de oito anos com a camisa do Palmeiras e nome dividido entre amor e ódio para a torcida. Com
muitas polêmicas, títulos e lesões ao longo da passagem, o meia Jorge Valdivia ainda mexe com o imaginário do
palmeirense para um possível retorno em ‘fim de carreira’ para o chileno. Em entrevista ao Globoesporte.com, o
craque comentou sobre o sonho de vestir a camisa do Palmeiras no futuro próximo, mas fez questão de deixar
claro que não está ‘cavando’ vaga no clube e que respeita os atletas que atualmente estão no Verdão.
“Você sempre quer trabalhar com os melhores, com o treinador que passe experiência, confiança, que você
entenda a mensagem dele. Ele (Sampaoli) é um desses treinadores. Eu citei o Vanderlei porque é um cara muito
certo e claro na hora de posicionar os times, buscar o resultado. Mas não depende de mim e da minha vontade.
Claro que pelo carinho que eu sinto pelo clube, pelos anos que eu passei no clube, conhecendo a cidade, o
Sampaoli, o Palmeiras... Claro que você gostaria de trabalhar em ambientes bons. Já que você me perguntou da
possibilidade de trabalhar de novo no Palmeiras, todo mundo gostaria. Não somente eu. Mesmo se não fosse o
Sampaoli, é claro que eu gostaria de um dia voltar para o Palmeiras. Um dia não, né? Porque daqui dois anos, um
ano e meio, já era para mim (risos)”.
“Tem de respeitar os jogadores que o Palmeiras tem neste momento e não gostaria que essa entrevista parecesse
que eu estou me oferecendo para ir. Não gostaria que alguém fizesse isso enquanto eu estou no lugar que parece
que está se oferecendo. Tem de respeitar quem está no clube”, completou o meia. Valdivia ainda deixou claro como
está fisicamente. A parte atlética do jogador foi a principal ‘dor de cabeça’ para o Palmeiras, principalmente na
segunda passagem pelo clube, quando acumulou inúmeras lesões e ficou de fora de partidas importantes.
“Sempre procuro ter uma boa condição. A idade não é a mesma, você procura se cuidar mais, passa a treinar mais,
a descansar mais, a ser muito mais profissional. Mas isso não tem nada a ver com o fato de você ter uma lesão. É
totalmente diferente. Daqui a pouco você está treinando e sofre uma pancada, torce o tornozelo e já era, fica quatro
semanas fora, perdeu condição física, musculação. Leva tempo para recuperar tudo isso. A minha condição física
sempre foi boa e agora mais ainda. Com a idade você vai amadurecendo algumas ideias. Entendi que para
continuar jogando em alto rendimento tem de se cuidar. Vocês viram no ano passado na Libertadores. Eu me sentia
muito bem. Disputar a Libertadores é uma coisa mais linda que você pode ter. O fim da carreira está mais próximo
do que cinco anos atrás. Você tem de manter o nível, o nome, e quando for encerrar a carreira tem de encerrar por
cima”.